terça-feira, 10 de março de 2009

A Crise

Já sei, estamos todos fartos da crise e de se falar em crise.Até parece que quanto mais tocamos no termo, mais se agrava a dita cuja.Dizem-nos que há que ter paciência, que devemos aguardar mais uns tempos, porque isto passa.É como a constipação, vai tomando uns chazinhos e umas ponchas, que a coisa vai lá.Assim mesmo, nem é preciso tomar medidas; mandem-se às malvas as linhas de crédito, quais incentivos fiscais qual carapuça, nada de incentivar o investimento público e a iniciativa privada e quem quiser trabalhar deverá ser severamente punido. Aliás, essa preocupação quase enfadonha com o emprego e o número de desempregados não interessa coisa nenhuma, porque até há o subsidio de desemprego que corrige todas as assimetrias e ainda poupa uns tostões aos malandros dos empresários. Deixem-se de tretas porque não podemos perder tempo com assuntos menores e que não interessam a ninguém. Toca a inventar investimentos, se forem públicos tanto melhor, não tendo qualquer interesse se têm ou não retorno. O que interessa é fazer obra, se possível que custe uns milhões e o problema de certeza absoluta que se vai resolvendo. Seja aeroporto ou tgv, estrada ou ponte, o que importa é anunciar a desejada e ansiada obra. Depois de estar pronta, então fazem-se os estudos, para averiguar da sua viabilidade e, claro está, avaliar o impacte ambiental. Mas só no fim, não vá o diabo tecê-las e aparecerem resultados surpreendentes, que não agradem aos seus mentores.
Como diria Albert Einstein, em momentos de crise só a imaginação é mais importante do que o conhecimento.

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